O Sistema Colle é uma abertura de xadrez introduzida pelo belga Edgard Colle no início dos anos 20. É uma variante da Abertura do Peão da Dama, caracterizada pelo sistemático desenvolvimento das peças menores brancas, visando o avanço do peão do rei à e4. Apesar de ser considerada uma abertura sólida, é também muito inflexível, o que a torna pouco popular nos jogos dos Grandes Mestres.
O Sistema Colle é mais um esquema de jogo do que uma abertura. As brancas jogam d4, Cf3, e3, Bd3, 0-0, Cbd2 e possivelmente c3, quase sem importar com o que respondam as negras. A teoria de aberturas tem uma importância secundária.
Como o Sistema Colle praticamente ignora as respostas das pretas, é considerado uma boa ferramenta para jogos Blitz, para evitar variações de jogadas pelas pretas ou para forçar o oponente a pensar no início do jogo.
Uma variante muito utilizada do Sistema Colle é o Sistema Colle-Zukertort, que, ao invés de avançar o peão do bispo da dama a c3, avança o peão do cavalo da dama a b3, desenvolvendo o bispo de casas escuras com o fianchetto.
O plano branco, nesse sistema, consiste num ataque à ala do rei, mais precisamente ao roque menor preto. As brancas planejam avançar o peão do rei a e4, e tirar o cavalo preto de f6, seja por meio da troca dos peões em e4 ou por um avanço a e5. Isso remove a proteção do peão preto de h7, permitindo o sacrifício do bispo com Bxh7, o chamado Sacrifício Clássico do Bispo, como Colle fez nessa partida:
Entretanto, as pretas possuem uma variedade de Sistemas Anti-Colle, sendo um dos mais dinâmicos a Defesa Índia da Dama. A técnica é bem ilustrada na partida Colle-Capablanca de 1929: